#O Demônio de Salomão e o Animal Estranho

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#O Demônio de Salomão e o Animal Estranho https://youtu.be/fpOZ6SM9FLg?si=rOYIe8Xq0V8NnB0_ O rei Salomão era conhecido por sua sabedoria e riquezas. Ele também era um grande mago, e tinha poder sobre os demônios. Um dia, Salomão decidiu construir um templo para o Senhor. Ele sabia que seria uma tarefa árdua, pois as pedras para a construção eram muito grandes e pesadas. Então, Salomão invocou um demônio poderoso. O demônio era capaz de cortar pedras com facilidade, e logo começou a trabalhar na construção do templo. O demônio trabalhava dia e noite, e em pouco tempo o templo estava quase pronto. Salomão estava muito satisfeito com seu trabalho, e o demônio foi recompensado com a liberdade. Anos depois, um grupo de exploradores estava viajando pelo deserto quando se deparou com um estranho animal. O animal era grande, com um corpo coberto de escamas. Ele tinha uma boca enorme, cheia de dentes afiados. Os exploradores ficaram curiosos com o animal, e decidiram segui-lo. O ani

Anhangá, o protetor das florestas

Depois da publicação de um texto no Blog sobre o Papa João Paulo II e o Angangabaú, recebemos alguns pedidos para falar um pouco mais sobre a entidade do folclore brasileiro, o Anhangá.

Anhangá é um espírito que vive na floresta e que pode tomar a forma do que quiser. Além de boi, peixe, pessoa ou macaco, o mais comum é sua aparição na forma de um veado branco com olhos de fogo.




Os registros de sua presença aparecem em cartas de José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim no século XVI. Seus relatos tratam Anhangá como um espírito mau, temido pelos povos indígenas. Outros relatos, como o do alemão Hans Staden, comentam do medo dos indígenas ao sair à noite:

"Os indígenas não gostam de sair das cabanas sem luz, tanto medo têm do Diabo, a quem chamam Ingange, o qual freqüentemente lhes aparece."

Para os povos indígenas, Anhangá é considerado o deus da caça e do campo. Ele protege os animais contra caçadores. Algumas lendas contam que caçadores faziam tratos com Anhangá, pedindo ajuda na caça em troca de tabaco.



Já para os jesuítas que chegaram aqui no Brasil, Anhangá era considerada uma figura maligna, comparado demônio da teologia cristã.

Anhangá é muito citado na obra As Aventuras de Tibicurea, de Érico Veríssimo:

"Aos cinco anos fiz minha primeira caçada de tucanos. Mas não me meti fundo no mato, porque tinha medo de encontrar Anhangá, Curupira e os outros espíritos maus."

"O mato todo riu com ele. Riu de mim. Depois o diabo virou três cambalhotas no ar e começou a dançar com toda a velocidade em meu redor. Senti que meus olhos escureciam. Eu mal e mal ouvia a voz de Anhangá, berrando:

- Ninguém pode comigo! Ninguém me vence, nem Tupã!"


Foi dessa figura mitológica que surgiu o nome "rio Anhangabaú" para um ribeirão que corta o estado de São Paulo.

Inicialmente conhecido como Rio das Almas, o rio Anhangabaú era muito temido pelos indígenas da região. Os índios acreditavam que suas águas traziam doenças ao corpo e ao espírito. Essa crença leva a suspeita de que suas águas não eram potáveis.



Teodoro Sampaio, historiador brasileiro, escreveu em uma de suas publicações que o rio era considerado pelos índios como "debedouro das assombrações".

Dizem que você pode ver um Anhangá se andar pela Floresta Amazônica em noite de lua cheia, se você passar por algum lugar mal-assombrado.



A lenda do Anhangá permanece viva até hoje e deve ser mantida para que as futuras gerações conheçam um pouco mais sobre as histórias do nosso país pré-colonização.

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