#O Demônio de Salomão e o Animal Estranho

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#O Demônio de Salomão e o Animal Estranho https://youtu.be/fpOZ6SM9FLg?si=rOYIe8Xq0V8NnB0_ O rei Salomão era conhecido por sua sabedoria e riquezas. Ele também era um grande mago, e tinha poder sobre os demônios. Um dia, Salomão decidiu construir um templo para o Senhor. Ele sabia que seria uma tarefa árdua, pois as pedras para a construção eram muito grandes e pesadas. Então, Salomão invocou um demônio poderoso. O demônio era capaz de cortar pedras com facilidade, e logo começou a trabalhar na construção do templo. O demônio trabalhava dia e noite, e em pouco tempo o templo estava quase pronto. Salomão estava muito satisfeito com seu trabalho, e o demônio foi recompensado com a liberdade. Anos depois, um grupo de exploradores estava viajando pelo deserto quando se deparou com um estranho animal. O animal era grande, com um corpo coberto de escamas. Ele tinha uma boca enorme, cheia de dentes afiados. Os exploradores ficaram curiosos com o animal, e decidiram segui-lo. O ani

biblioteca mal assombrada (relato)



envie seu relato sobrenatural ou pergunta piresvale@gmail.com os relatos serão divulgado aqui
Após quatro meses desempregado, Gilberto finalmente havia encontrado uma fonte de renda. Claro que trabalhar apenas meio período na velha biblioteca da cidade não era sua maior ambição, ainda mais aos quarenta anos e com uma família para sustentar, mas pelo menos já era um começo.
Os primeiros dias no novo emprego lhe mostraram que poderia trabalhar naquele local por muito tempo. A cidade era pequena, mal chegava aos vinte mil habitantes, e poucas pessoas freqüentavam o local, devido à grande maioria dos livros à disposição serem antigos, talvez até mais que o próprio Gilberto. Realmente era uma pena que o local estivesse praticamente abandonado.
A biblioteca possuía um grande cômodo onde que ficava a escrivaninha de Gilberto, uma porta que levava aos livros no fundo e logo ao fim tinha uma grande janela com uma bela visão da rua. Todos os dias apareciam alguns de seus conhecidos por lá, sempre proporcionando alguns minutos de distração em alguma conversa sobre futebol, filmes ou qualquer outro assunto que o momento permitisse, e também tinha a oportunidade de ler vários livros sem precisar pagar nada. Mas toda a alegria do novo emprego durou pouco mais de dois meses.
A desgraça começou na tarde de uma nublada sexta-feira. Enquanto a biblioteca estava sem nenhum visitante, Gilberto estava fazendo um de seus serviços rotineiros checando os livros, ajeitando alguns em ordem alfabética, checando o estado de outros, até que olhou no topo de uma das prateleiras e viu algo que lhe chamou a atenção. Pegou uma pequena escada, subiu e pegou o curioso livro nas mãos.
Era um pesado livro vermelho de capa dura, cheio de poeira e logo depois que Gilberto passou uma de suas mãos pata limpá-lo conseguiu ler seu nome. Estava apenas escrito “O Livro dos Espíritos Perdidos”, nome muito peculiar e sinistro para um livro, ainda mais por não possuir a indicação de nenhuma editora nem autor. Carregou o livro até sua escrivaninha, sentou-se na cadeira e deixou o livro de lado, enquanto abria o caderno de registros da biblioteca.
Folhou mais da metade do caderno, checando cada assinatura de livros alugados nos últimos anos e não encontrou ninguém que o tivesse pegado nos últimos dois anos. Não se surpreenderia se terminasse de olhar o caderno e não encontrasse nada relacionado a aquele livro, inclusive estava com uma estranha sensação de que o livro havia sido esquecido lá por alguém.
Tinha a total certeza de que teria reparado em seu primeiro dia de trabalho se um livro grande e chamativo como aquele estivesse na prateleira. Quando se deu conta que já se passavam das cinco horas e seu horário já terminara, Gilberto decidiu guardar o livro no mesmo lugar em que o encontrou. Deixou exatamente na mesma posição e no momento em que colocou a mão no interruptor para apagar  as luzes, jurou que sentiu uma espécie de sopro nas suas costas, mas quando se virou novamente não havia ninguém por lá. Provavelmente foi apenas fruto de sua imaginação por causa da má impressão com o nome do livro. Provavelmente.
Fechou as janelas, trancou a grande porta de madeira da biblioteca e saiu para a rua. Ventava forte, ouvia os trovões indicando que a chuva chegaria mais tarde naquela mesma noite e também reparou que a rua estava totalmente deserta, fato totalmente estranho para uma sexta-feira naquele horário, um cenário um tanto macabro parecido com a biblioteca naquela mesma tarde. Mas de qualquer forma apenas seguiu seu caminho até chegar a sua casa.
Nas três semanas seguintes a biblioteca fora freqüentada por apenas trinta e duas pessoas, uma média muito baixa, mas a esperada pelo fato de poucas pessoas ainda possuírem o hábito de alugar livros ao invés de comprá-los. Todos os dias após as cinco horas, antes de fechar a biblioteca e ir embora, Gilberto ia até a prateleira do livro vermelho e via que ninguém o retirava. Inclusive parecia não ser tocado desde que o havia colocado naquela mesma posição semanas atrás.
A cada dia que se passava, Gilberto sentia uma “energia” dentro de sua cabeça que tentava forçá-lo a ler aquele livro, sem nenhum motivo aparente. Já havia considerado lê-lo durante algumas tardes, mas não encontrava a coragem suficiente para fazer tal coisa, até que esse dia foi em uma segunda-feira.
Um dia depois do feriado, ninguém havia entrado pela grande porta de madeira até as quatro da tarde e dificilmente alguém o faria até o fim do dia. Gilberto já tinha terminado todos seus afazeres do dia e estava apenas sentado em sua cadeira lendo o jornal diário, até o momento em que sentiu o mesmo sopro em suas costas de um mês atrás, as janelas se fecharam sozinhas e com força, e imediatamente se lembrou do livro.
Queria apenas acabar com sua paranóia que já estava chegando a ser incômoda para si mesmo, imaginando presenças imaginárias em locais que não se existiam nada e foi exatamente naquele dia em que fechou o jornal, subiu a pequena escada e pegou o livro no final da prateleira, o Livro dos Espíritos Perdidos. Desceu da escada segurando o livro com as duas mãos e deu uma última olhadela na capa antes de se dirigir á sua mesa e abri-lo. 
Passou rapidamente entre as fileiras para se certificar mais uma vez de que estava realmente sozinho, pois não queria a presença de mais ninguém, era como se algo quisesse que visse o livro sozinho. Colocou o livro em cima da mesa a e começou a folhá-lo.
As primeiras páginas estavam em branco, com algumas manchas marrons devido ao longo tempo que o livro com certeza já possuía. As próximas quinze páginas eram apenas ilustradas com desenhos abstratos e alguns nomes no canto final de cada uma. No total havia duzentas e dez páginas, a maioria com escrituras em alguns idiomas diferentes e vários desenhos desconhecidos, mas também algumas imagens perturbadoras de alguns rostos humanos, mas completamente desconhecidos. Mesmo sem nunca ter terminado o ensino médio, Gilberto saberia se fossem pessoas famosas naquelas páginas.
Alguns minutos depois começou a ler algumas páginas pacientemente e reparou que, na parte central do miolo, duas páginas estavam coladas. Pegou um estilete na primeira gaveta de sua escrivaninha e conseguiu separá-las, tomando o maior cuidado do mundo e levando cerca de seis minutos pata terminar. Bem no topo estava escrito, em forma de aviso:
“Aqueles que não querem fazer contato com o mundo dos mortos devem abandonar esse livro imediatamente.” E logo abaixo havia uma imagem que aparentava ser de duas fileiras de seis pessoas presas como escravas e quatro homens encapuzados com vestimentas pretas em cima de uma colina, parecendo ordenar os demais.
Um sorriso começou a surgir no rosto de Gilberto a cada palavra que lia. Nunca teve medo de livros “mal-assombrados” e sempre se divertia lendo-os e não imaginou nenhum problema em repetir uma frase escrita em um líquido vermelho, lembrando muito um sangue já seco:
“Para se entregar os espíritos á eternidade, basta dizer as seguintes palavras para si mesmo, mas pense em todas as conseqüências possíveis: Spectro.... resurrectione.... anastasis.....ambulo.”
As palavras pareciam ser latim ou grego, portanto Gilberto teve certa dificuldade em conseguir terminá-las, e assim que terminou nada ocorreu por um instante. O sol continuava brilhando forte, tudo estava em ordem, nada além do normal. Levantou-se da cadeira quando calculou rapidamente e imaginou que já deveriam ser quase cinco horas, mas no momento em que saiu da cadeira o inimaginável aconteceu.
Um forte vento começou a soprar do lado de fora, abrindo novamente as janelas, o livro começou a se abrir passar as páginas sozinhas, e ouviu todas as lâmpadas da biblioteca estourar no mesmo segundo. A única ação que Gilberto conseguiu executar no momento foi a de se agachar debaixo da escrivaninha e tampar os ouvidos, sem conseguir imaginar o que estava se passando.
O vento continuava a entrar fortemente, uma escuridão acabou tomando conta daquela sala de entrada da biblioteca e alguns segundo após tudo se acalmar novamente, Gilberto se levantou lentamente e não acreditava no que seus olhos viam.
Quatro homens estavam logo á sua frente, vestindo nada mais do que vestimentas pretas encapuzadas, e logo chegou á conclusão de que eram os mesmos homens daquela figura. Era impossível enxergar o rosto de três deles, via-se apenas um fundo escuro que parecia ser infinito, mas um, que Gilberto deduziu ser o líder dos quatro, abaixou o capuz antes de lhe dirigir as palavras e Gilberto conseguiu ver que se rosto possuía pouca pele, parecendo-se com apenas um crânio, nada além disso.
- Você nos trouxe de volta para o mundo dos vivos – disse apontando o dedo diretamente para Gilberto – agora ficaremos com sua alma. Você é nosso servo agora.
- Eu não tenho idéia do que você está falando – Gilberto estava recuando e quase correndo em direção à porta para ir embora – Nada disso estava no livro!
- Aqui será nossa moradia a partir de agora, até o dia em que você morrer. Depois arrastaremos você para o inferno junto conosco.
-Não, de jeito nenhum!
Gilberto mal conseguiu achar as chaves, trancou a porta e saiu correndo para sua casa, torcendo para que ninguém tivesse visto como se parecia com um louco. Também olhou para trás e não viu ninguém lhe seguindo, o que indicava que tudo não passava de um pesadelo ou algo parecido, apesar de estar muito bem acordado.
Acordou no dia seguinte lembrando-se do que havia acontecido e não conseguiu segurar seu riso enquanto ainda estava deitado na cama. Ora, como tinha sido ridículo, apenas leu um livro de terror e já começou a imaginar monstros capturando sua alma e tudo mais. Tomou um farto café da manhã, chegou á biblioteca caminhando naturalmente como fazia todos os dias e quando se sentou em sua escrivaninha se deu conta de que tudo estava sendo real.
Estava com o jornal aberto na página de classificados quando olhou para o lado que viu que os quatro homens surgiram logo à sua frente novamente, mas daquela vez sem falar nada, pois não precisavam mais falar nada. Ficaram apenas parados com os olhos fixos em Gilberto, penetrando o mais fundo possível de sua alma, estudando-a antes de arrastarem-na para o inferno.
Por mais que sentisse uma forte vontade de chorar e sair correndo para sua casa ou qualquer outro lugar, Gilberto só conseguia ficar parado também olhando aqueles homens sem alma, já estava sob o controle deles e não havia nada que pudesse fazer.
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Às dez da manhã uma mulher entrou na biblioteca. Aparentava ter pouco mais de vinte anos, deveria ser alguma estudante que fora até lá fazer alguma rápida pesquisa sem saber que jamais retornaria para casa, e obviamente não viu mais ninguém por lá além de Gilberto sentado em sua cadeira lendo o mesmo jornal.
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Como se já estivesse destinado, Gilberto pegou uma caneta de cima da mesa, tirou sua ponta para fora e seguiu a mulher para o meio das estantes ao fundo. Não demorou muito para que conseguisse ouvi-la mexendo em alguns livros, andou furtivamente atrás dela, agarrou-a pelo pescoço e antes que ela pudesse gritar, Gilberto tapou sua boca com a mão esquerda e com a direita enfiou a ponta da
caneta azul através de seu globo ocular com tamanha força que talvez tenha quase atingido uma parte da massa cinzenta de seu cérebro, enquanto muito sangue saía em grandes jatos do buraco em que havia um olho pouco tempo atrás. O corpo ficou caído com a caneta enfiada no olho e as roupas de Gilberto estavam completamente sujas de sangue, mas não conseguia se preocupar com aquilo, já não tinha mais o controle de seu corpo nem de sua própria alma.
Pouco mais tarde um senhor em torno dos sessenta anos entrou na biblioteca e passou batido pelos demônios e nem chegou a reparar no sangue em Gilberto. Ninguém conseguia ver, apenas quem pertencia às trevas. Novamente, como se tudo já tivesse sido ensaiado, pegou o estilete na gaveta, seguiu o senhor e quando chegou perto o suficiente cortou a garganta do velho, enquanto segurava seu corpo se debatendo em seus braços desesperadamente em busca de socorro e ia ficando cada vez mais pálido até que parou de se mover.
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E aquele seria seu novo trabalho até o dia em que morresse e sua alma fosse para o inferno. Os espectros do inferno seriam seu “chefe”, enquanto Gilberto executaria o trabalho de lhes fornecer as almas das pessoas infelizes que freqüentassem aquela biblioteca. E no futuro longínquo,tudo se repetiria até que outro infeliz descobrisse o livro vermelho amaldiçoado em algum outro lugar.

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